Trabalhadores recebem governador com vaias e gritos contra a Reforma da Previdência
Os servidores estaduais de Santa Catarina lotaram o hall e as galerias da Alesc para dizerem não ao projeto de Moisés que prejudicará o direito à aposentadoria dos trabalhadores do estado
Publicado: 05 Fevereiro, 2020 - 09h52 | Última modificação: 05 Fevereiro, 2020 - 10h03
Escrito por: CUT-SC
O Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), sentiu de perto a pressão dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público estadual nessa terça-feira (4). Ao entrar no plenário foi recebido com vaias, gritos e faixas contra o projeto da Reforma da Previdência. Os servidores estaduais lotaram o hall e as galerias da Alesc para dizerem não ao projeto de Moisés que prejudicará o direito à aposentadoria dos trabalhadores do estado.
A mensagem anual do governador, que marca a abertura oficial dos trabalhos legislativos, durou apenas quatro minutos e mostrou que Moisés estava nervoso com a mobilização dos servidores, ficando durante todo o discurso com os olhos fixados no papel que estava lendo e sem fazer nenhuma menção ao projeto da Reforma da Previdência e aos trabalhadores que estavam presentes. Ao fim da mensagem, as vaias se sobressaíram aos aplausos dos deputados e das autoridades e o grito dos trabalhadores de “retira a reforma” ecoaram pelo plenário.
A sessão durou pouco mais de dez minutos e, em seguida, os trabalhadores se reuniram no hall da Alesc e ouviram as falas de algumas lideranças sindicais. A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, reforçou que para derrotar a reforma é importante que os trabalhadores e trabalhadoras se unam “Precisamos todos os catarinenses se mobilizem contra essa reforma porque ela não prejudicará apenas os servidores estaduais, ela irá também precarizar ainda mais a saúde, a educação a segurança pública no estado”.
Anna Julia relembrou também sobre a incoerência do governador em querer cortar gastos com a previdência com o salário que recebe “É inaceitável que o mesmo governador que recebeu mais de R$ 85 mil de salário em dezembro venha falar em Reforma da Previdência, colocando a culpa nas costas dos servidores e servidoras. Por isso, temos que dizer não à essa reforma e pressionar os 40 deputados dessa casa para que não aprovem esse terrível projeto”.
Os trabalhadores definiram também as próximas ações para continuar a mobilização contra a Reforma da Previdência. Além de conversas com os deputados estaduais para pressionar contra o projeto, estão agendados vigílias na Alesc para os dias 17 e 18 de fevereiro. As principais datas do calendário de lutas são o dia 8 de março, quando os trabalhadores irão reforçar as mobilizações do Dia das Mulheres, e o dia 18 de março, quando todo o país se unirá para um Dia Nacional de Paralisação Mobilização, Protesto e Greves em defesa do serviço público.