Trabalhadores da Prefeitura de Florianópolis deflagram greve por tempo indeterminado
Trabalhadores paralisam a partir desta quarta-feira para exigir que a prefeitura atenda as reinvindicações da categoria
Publicado: 15 Junho, 2022 - 09h25
Escrito por: Sintrasem
Os trabalhadores da Prefeitura de Florianópolis aprovaram em assembleia nessa terça-feira (14) com quase 5 mil pessoas, a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (15). A categoria realizou também um grande ato até o prédio da prefeitura para exigir do governo Topázio uma proposta que atenda os trabalhadores.
Os trabalhadores da PMF estão em período de Data-base e apresentaram à prefeitura uma pauta de reivindicações justa, com cláusulas que levem à redução da sobrecarga, à valorização salarial e ao bom atendimento do serviço público de Florianópolis. Mas o que a prefeitura oferece hoje é a destruição dos salários dos trabalhadores.
A reposição das perdas, por exemplo, fica abaixo da metade da inflação para o período, representando 25% do INPC neste ano. A inflação dos últimos 12 meses fechou em 12,4%, mas o governo oferece apenas 3% em 2022.
A proposta da prefeitura também não dá nenhuma resposta a diversas pautas, como o plano de carreira dos trabalhadores do quadro civil, a valorização das auxiliares de sala, o pagamento dos pisos nacionais dos ACS e ACE ou a tabela do magistério.
DINHEIRO EM CAIXA
Ao oferecer somente arrocho à categoria, Topázio demonstra que segue a mesma cartilha do antecessor Gean Loureiro e exibe o seu desdém com os trabalhadores que garantem o atendimento nas escolas, creches, UPAs, centros de saúde, na assistência social e em todos os setores da PMF.
A prefeitura alega que não há dinheiro para garantir nem mesmos direitos previstos em lei para os trabalhadores do serviço público, mas fechou 2021 com saldo positivo de R$ 63 milhões.
Já a receita corrente líquida da prefeitura cresceu mais de 20% entre janeiro e meio deste ano. Hoje, o governo tem mais de R$ 160 milhões em caixa.
Esse superávit vem graças a repasses de recursos federais (como o Fundeb), à retirada cada vez maior de investimentos do serviço público e ao congelamento dos salários e carreiras dos servidores.