Escrito por: Sílvia Medeiros
Mais de 200 trabalhadores cruzaram os braços para pressionar à empresa alemã sobre a negociação salarial
De acordo com Marcondes Frontório, metalúrgico de Jaraguá do Sul e dirigente do Departamento CNM/CUT, a mobilização aconteceu a princípio para reivindicar divisão igual para as PPR (Programa de Participação de Lucros), visto que os trabalhadores não achavam justo alguns ganharem dois mil reais e outros quase 40 mil, porém, quando todos estavam paralisados, começaram a surgir outras pautas, evidenciando o assédio moral e as péssimas condições de trabalho enfrentados pelos trabalhadores da BMW.
Foram duas horas de paralisação que já serviram para adiantar a negociação, mas agora outras pautas relacionadas a condições de trabalho estão sendo complementadas na pauta de reinvindicação, entregue anteriormente à empresa, Caso a multinacional não acate o pedido dos trabalhadores, eles entrarão em estado de greve por tempo indeterminado.
Cleverson de Oliveira, metalúrgico de Joinville e Secretário de Formação da CUT-SC destaca que a BMW não pode fornecer direitos diferentes aos trabalhadores brasileiros do que os trabalhadores alemães. “Nós não vamos permitir que a BMW se instale no brasil e venha implementar péssimas condições de trabalho. Se eles tem condições de garantir condições dignas aos trabalhadores alemães, eles precisarão garantir também aos brasileiros”, ressaltou Cleverson.