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Trabalhadores da montadora da BMW de Santa Catarina cruzam os braços para pressionar negociação salarial

Mais de 200 trabalhadores cruzaram os braços para pressionar à empresa alemã sobre a negociação salarial

Publicado: 15 Setembro, 2015 - 14h22

Escrito por: Sílvia Medeiros

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A manhã, do dia 15 de setembro, começou com reivindicação dos trabalhadores da montadora BMW em Araquari, norte de Santa Catarina. Organizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Araquari, com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville e do Departamento Estadual da Confederação Nacional dos Metalúrgicos – CNM/CUT, os trabalhadores mostraram à multinacional que se não tiver avanços nas negociações, haverá greve na fábrica recém-instalada no Brasil.

De acordo com Marcondes Frontório, metalúrgico de Jaraguá do Sul e dirigente do Departamento CNM/CUT, a mobilização aconteceu a princípio para reivindicar divisão igual para as PPR (Programa de Participação de Lucros), visto que os trabalhadores não achavam justo alguns ganharem dois mil reais e outros quase 40 mil, porém, quando todos estavam paralisados, começaram a surgir outras pautas, evidenciando o assédio moral e as péssimas condições de trabalho enfrentados pelos trabalhadores da BMW.

Foram duas horas de paralisação que já serviram para adiantar a negociação, mas agora outras pautas relacionadas a condições de trabalho estão sendo complementadas na pauta de reinvindicação, entregue anteriormente à empresa, Caso a multinacional não acate o pedido dos trabalhadores, eles entrarão em estado de greve por tempo indeterminado.

Cleverson de Oliveira, metalúrgico de Joinville e Secretário de Formação da CUT-SC destaca que a BMW não pode fornecer direitos diferentes aos trabalhadores brasileiros do que os trabalhadores alemães. “Nós não vamos permitir que a BMW se instale no brasil e venha implementar péssimas condições de trabalho. Se eles tem condições de garantir condições dignas aos trabalhadores alemães, eles precisarão garantir também aos brasileiros”, ressaltou Cleverson.