Escrito por: SINSEJ

Servidores municipais de Joinville decidem pelo estado de greve até o dia 12

Caso o prefeito Udo Döhler não inicie as negociações da Campanha Salarial 2020 até dia 12, será realizada PARALISAÇÃO nos serviços públicos no dia 13, com ASSEMBLEIA GERAL

Em assembleia realizada nessa quinta-feira, dia 6, na sede do Sinsej, a categoria decidiu pelo ESTADO DE GREVE a partir desta sexta-feira, dia 7. Caso o prefeito Udo Döhler não inicie as negociacões da Campanha Salarial 2020 até dia 12, será realizada PARALISAÇÃO nos serviços públicos no dia 13, com ASSEMBLEIA GERAL a partir das 9 horas em frente à Prefeitura.

O objetivo de toda mobilização também é barrar os ataques ao Ipreville, à aposentadoria e o projeto de lei complementar número 51/2019, que extingue cargos de supervisor II nas escolas  e cria 30 cargos em comissão na Secretaria de Educação.

Até lá, é preciso que cada servidor converse com seus colegas nos locais de trabalho, com família, amigos e população para ampliar a organização, a força e a solidariedade ao movimento.

 

Mobilização na Câmara dia 10

A assembleia também decidiu por fazer uma grande mobilização na Câmara de  Vereadores  a partir das 17 horas de segunda-feira, dia 10 com objetivo de defender a educação pública de qualidade e barrar a aprovação do PLC 51/2019 e Emenda Modificativa, que tramita anexa ao projeto.

No final do ano passado, a mobilização do Sindicato juntamente com trabalhadoras na educação conseguiu impedir a aprovação das propostas do prefeito, mas com a troca de presidência nas comissões permanentes na Câmara, o projeto e Emenda foram aprovados de maneira recorde e sem discussão alguma na Comissão de Finanças, já no primeiro dia de trabalho dos vereadores, dia 5. Nesse dia 10, o projeto pode ir à votação no Plenário do Legislativo municipal.

 

Solidariedade e mobilização conjunta

A assembleia contou com a presença de dirigentes dos sindicatos de servidores municipais de São José (Sintram) e Florianópolis (Sintrasem); dos trabalhadores em educação do Estado (Sinte/SC); dos petroleiros (Sindipetro-PR) e da Federação de Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Santa Catarina (Fetram/SC).

Lizeu Mazzioni, presidente da Fetram, alertou que a proposta de  reforma administrativa do presidente Bolsonaro vai piorar a realidade dos servidores e dos serviços prestados à população, pois ela pode congelar até os gastos nominais, acabando até com o reajuste mínimo da inflação anual determinado pela Emenda Constitucional 95/2016, além de reduzir jornada e salário dos servidores.

A necessidade de organização conjunta em defesa das políticas públicas e empresas estatais como a Petrobras, a Dataprev,  são imprescindíveis nessa conjuntura atual. Jean Carlo, dirigente do Sindipetro-PR, pediu solidariedade de todos à greve nacional da categoria que dura sete dias e já parou todas as refinarias e mais de 23 plataformas da Petrobras.

Previdência

O prefeito Udo Döhler quer enviar pra Câmara Municipal projeto de lei complementar que transforma  o Ipreville em banco de investimentos, deixando o pagamento da aposentadoria refém do mercado financeiro, e aumenta a alíquota de contribuição dos servidores para 14%, além de determinar outras mudanças estruturais e obrigações no Instituto. Tudo isso por conta da má gestão que resultou num déficit atuarial de mais de 700 milhões, que põe em risco a continuidade do pagamento dos benefícios nos próximos anos. E agora, Udo quer responsabilizar os servidores, que contribuem corretamente, todos os meses, a pagar pela dívida que é da prefeitura.

Não vamos pagar a conta do calote!

A luta é de todos!

Foi com luta que os servidores municipais de Florianópolis conseguiram barrar o aumento da alíquota, proposto pelo prefeito Gean Loureiro, logo no início do mandato, lembrou Juçara Silva, diretora do Sintrasem.

Após a primeira etapa da reforma da previdência de Bolsonaro, o aumento da alíquota também está na agenda de diversos governadores e prefeitos. Está sendo assim em São José e foi em Jaraguá do Sul.

No estado, os servidores estaduais perderam essa batalha e desde 2018 pagam a alíquota de 14%. E, caso a reforma da previdência proposta pelo governador Carlos Moisés, que está tramitando em regime de urgência na Alesc seja aprovada, esse valor da alíquota passa a ser automática nos municípios, como também passam a valer as regras de aumento de idade, maior tempo de contribuição e menor valor recebido nas pensões.

Osvaldo de França, diretor do Sinte/SC, chamou a unidade de todos os presentes para o combate aos projetos da nova previdência do governador Moisés e avisou que 18 de fevereiro o magistério estadual de SC pode decretar greve.

 

É preciso concurso público

A necessidade de concurso público deve ser o cerne dessa Campanha Salarial do SINSEJ. A falta de concurso acarreta mais doenças por excesso de trabalho, assédio moral, prejudica a qualidade dos serviços e ainda aumenta o déficit atuarial do Ipreville. Em pesquisa recente, o Sinsej verificou que somente de 14 a 29 de janeiro, a prefeitura de Joinville contratou 250 trabalhadores sem concurso. Isso significa menos 250 contribuintes ao Ipreville, denunciou Flávia Veiga, dirigente do Sindicato.  E em visita ao pronto socorro Hospital Municipal São José, verificou-se  que atualmente uma técnica de enfermagem atende a 30 pacientes, número bem acima dos seis determinados como limite pelo Coren.

 

Todos juntos!

O Sinsej chama toda a categoria que quer direitos, valorização e respeito a se organizar na luta pela conquista de nossas reivindicações .