Servidores de Jaraguá do Sul pedem INPC integral e reposição de perdas salariais
Pauta de reivindicações da categoria foi aprovada durante Assembleia Geral realizada na noite de ontem (27)
Publicado: 28 Fevereiro, 2019 - 15h11
Escrito por: Assessoria Sinsep
Os servidores públicos municipais de Jaraguá do Sul aprovaram ontem à noite, em Assembleia Geral da Campanha Salarial, realizada no auditório do STIVestuário, a pauta de reivindicações para ser negociada com a administração Antídio Lunelli e que inclui a reposição integral do INPC/inflação dos 12 meses, estimada em 4% e o resgate das perdas salariais da categoria, acumuladas desde 2016, de 8,96%. Além disso, os servidores querem a volta dos direitos retirados no primeiro ano da administração Lunelli, que nenhum outro direito seja retirado e a realização imediata de Concurso Público para todas as áreas, especialmente para Agentes de Limpeza e Conservação.
De acordo com dados da própria Secretaria de Administração e Finanças da Prefeitura existem condições financeiras e orçamentárias para a reposição integral da inflação e o pagamento de parte das perdas salariais da categoria. A pauta deve ser entregue ao prefeito nesta sexta-feira. Uma comissão de servidores foi eleita durante a Assembleia para participar das negociações com a administração.
Contra a Reforma da Previdência
Os servidores presentes à Assembleia também repudiaram por unanimidade a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que representa na prática o fim da aposentadoria para as trabalhadoras e trabalhadores e o achatamento do valor do benefício para aqueles(as) que estejam aposentados. Trata-se da “desconstitucionalização” da Previdência. Na verdade, não existe o déficit anunciado nas contas da Seguridade Social. Se o governo cobrasse os mais de R$ 400 bilhões das grandes empresas devedoras do Sistema de Previdência e devolvesse os R$ 606,58 bilhões tomados da Previdência na forma de Desvinculações de Receitas da União (DRU), a arrecadação superaria os mais de R$ 1 trilhão de economia prevista pelo governo em 20 anos, às custas do sofrimento e morte das trabalhadoras e trabalhadores.
Entre as mudanças propostas pelo governo estão o regime de capitalização individual da contribuição (uma conta bancária a ser aberta pelo próprio trabalhador, sem que o patrão tenha que contribuir com a Previdência) e a idade mínima de 62 anos para as mulheres e de 65 anos para homens e uma contribuição de 40 anos à Previdência, para que tenham direito a 100% do benefício . Caso a reforma da previdência for aprovada, os servidores públicos vão pagar mais e trabalhar mais tempo para conseguirem se aposentar (Veja abaixo). “Para derrubarmos essa reforma só mesmo com mobilização”, conclamou o presidente do Sinsep, Luiz Cezar Schorner.