Escrito por: Julio Castellain (Sintraseb)
Após dois anos de salários congelados e da ausência de negociação coletiva, mais de 2 mil trabalhadores(as) do serviço público municipal iniciaram o movimento de greve aprovado no dia primeiro do mês
A praça da Prefeitura de Blumenau foi tomada pelos servidores(as), na manhã desta segunda-feira (7). Após dois anos de salários congelados e da ausência de negociação coletiva, mais de 2 mil trabalhadores(as) do serviço público municipal iniciaram o movimento de greve aprovado no dia primeiro do mês.
A greve começou com os servidores deliberando, em assembleia, sobre a proposta de abertura de negociação encaminhada pelo governo. No documento, a administração se manifestou pela abertura das negociações, mas confirmava a realização de apenas uma reunião, marcada para às 10 horas desta segunda-feira, a fim de discutir e apresentar um calendário para as reuniões de negociação.
Os servidores decidiram se manter mobilizados na praça, aguardando o retorno deste primeiro encontro, principalmente esperando um cronograma concreto e com prazo definido para a sua realização.
Após quase duas horas de reunião com o governo, os representantes do sindicato e a comissão de acompanhamento das negociações (eleita em assembleia) retornaram com uma proposta de cronograma que prevê a realização de três reuniões, dias 10, 15 e 17 de fevereiro, quando serão discutidas primeiro as cláusulas econômicas da pauta de reivindicações.
Os(as) servidores(as) aprovaram, por ampla maioria, por manter a paralisação coletiva dos serviços públicos. Porém, suspender a sua execução até a próxima Assembleia Geral, a ser realizada na manhã do dia 21 de fevereiro, quando os servidores(as) irão examinar o avanço das negociações iniciadas hoje e deliberar sobre os rumos do movimento.
EXPRESSIVA PARTICIPAÇÃO DOS SERVIDORES MUDOU A CORRELAÇÃO DE FORÇA
O prefeito Mário Hildebrandt bem que tentou fazer um teatro na última semana, especialmente na sexta-feira (4), apresentando à imprensa e nas redes sociais uma foto retratando um encontro com os representantes do sindicato.
A verdade é que o governo do prefeito Mário Hildebrandt tentou desacreditar a direção do sindicato e desmobilizar o movimento de greve aprovado pela categoria.
A verdade é que o governo Mário Hildebrandt queria empurrar a negociação para o mês de maio.
A resposta foi dada em alto e bom tom pelos servidores(as). A assembleia de hoje foi 25% maior do que a do dia primeiro, atingindo mais de 140 locais.
Está provado, mais do que nunca, que é só com mobilização e luta é possível arrancar do governo o que é de direito dos trabalhadores.