Relatório expõe avanço do racismo em SC e CUT-SC reforça mobilização permanente

A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, e o Secretário de Combate ao Racismo da Central, Hélio Samuel, participaram nesta quarta-feira (10), em Florianópolis, da apresentação do Relatório do Observatório de Enfrentamento ao Racismo em Santa Catarina. O documento reúne dados e análises que revelam, com precisão e gravidade, a dimensão das práticas discriminatórias no estado e reforça a urgência de uma mobilização permanente em defesa da igualdade racial.

Entre os principais números apresentados, o relatório aponta que os crimes de racismo cresceram 49,3% entre 2022 e 2023. Além disso, Santa Catarina aparece, em 2023, como o primeiro estado do país em número absoluto de crimes de injúria racial, um indicador alarmante que exige ação imediata das instituições e da sociedade.

A atividade reuniu representantes da Defensoria Pública, da 40ª Promotoria de Justiça da Capital, entidades da sociedade civil e diversos coletivos do Movimento Negro, comprometidos com a luta antirracista e a defesa dos direitos humanos.

Para a CUT-SC, os dados reforçam aquilo que o movimento sindical e as organizações negras vêm denunciando há anos: o racismo em Santa Catarina não é exceção, é estrutura, e só será enfrentado com políticas públicas efetivas, controle social, participação popular e pressão contínua por justiça e igualdade.

A Central reiterou seu compromisso de seguir atuando lado a lado com os movimentos sociais, fortalecendo a denúncia, a formação e a construção de ações que combatam o racismo em todas as suas formas. Porque enfrentar o racismo é tarefa de toda a sociedade — e não há democracia possível enquanto persistirem desigualdades tão profundas.