Nota de apoio à greve dos professores e servidores públicos estaduais do RS
A CUT-SC emitiu uma nota de apoio aos professores/as e trabalhadores/as do serviço público estadual do Rio Grande do Sul que estão em greve contra o "pacote da morte" anunciado pelo governo de Eduardo Leite
Publicado: 17 Dezembro, 2019 - 10h11 | Última modificação: 17 Dezembro, 2019 - 11h10
Escrito por: Direção CUT-SC
A CUT-SC vem, através desta, explicitar o irrestrito apoio aos professores/as e trabalhadores/as do serviço público estadual do Rio Grande do Sul que estão em greve contra o pacote de reforma administrativa, mais conhecido como “pacote da morte”, anunciado pelo governo de Eduardo Leite (PSDB), que representa um ataque gravíssimo à direitos históricos da categoria. A paralisação luta também pela regularização imediata do pagamento dos salários, que estão sendo pagos atrasados e parcelados há 48 meses, e o reajuste salarial, já que há cinco anos professores e funcionários estão com seus vencimentos congelados.
Desde o dia 18 de novembro professores e professoras estão paralisados contra o pacote que extermina direitos e condena os trabalhadores a um brutal achatamento salarial, congelamento de salários e confisco de dinheiros dos aposentados. No dia 26 de novembro a greve cresceu e teve a adesão de diversas outras categorias dos servidores estaduais do Estado, com trabalhadores(as) representados pelo Sindsepe, Afagro, Assagra, Agefa, Sindicaixa, Seasop, Apog e Sintergs.
Esta já é a maior greve dos últimos tempos no Rio Grande do Sul. Segundo dados do Sindicato dos Professores e Funcionários de Escola do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), em todo o estado já são 1556 escolas envolvidas na greve da educação. Destas, 788 seguem totalmente paradas.
Os educadores e servidores públicos seguem mobilizados para tentar derrotar todos os ataques propostos por Eduardo Leite. De terça (17) a quinta (19) uma vigília está sendo programada para acontecer durante a votação do pacote de maldades do governador, na Praça Nereu Ramos.
É inadmissível que os professores e servidores públicos, que há anos já sofrem com atrasos e parcelamentos de salários, agora sejam alvos de ataques ainda mais perversos do governo. O desmonte aos servidores públicos representa um ataque a toda população e só a luta e unidade de todos os trabalhadores poderá reverter essa situação.
Diante desse retrocesso que destruirá o serviço público é imprescindível a solidariedade das entidades sindicais comprometidas com as lutas da classe trabalhadora para com os/as trabalhadores/as do serviço público.
Toda nossa solidariedade aos guerreiros professores e trabalhadores do serviço público que seguem na luta!
A força da classe trabalhadora está na consciência de seus direitos e na determinação da sua organização e mobilização.
Florianópolis, 16 de dezembro de 2019
Direção da CUT-SC