A rodada foi marcada por uma análise de conjuntura que apontou um cenário favorável para a classe trabalhadora conquistar a reposição integral do INPC acumulado, acrescida de 5% de aumento real
A CUT-SC participou da primeira rodada de negociação do reajuste do Piso Estadual de Salários de Santa Catarina, realizada nesta semana, que marcou o início do processo de definição dos valores para 2026. A Central foi representada na mesa de negociação pelo secretário-geral da CUT-SC, Rogério Manoel Corrêa.
A rodada foi marcada por uma análise de conjuntura que apontou um cenário favorável para a classe trabalhadora conquistar a reposição integral do INPC acumulado, acrescida de 5% de aumento real, nas quatro faixas do Piso Salarial Estadual, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2026. A avaliação foi apresentada pela supervisora técnica do Dieese/SC, Crystiane Peres.
Segundo Crystiane, Santa Catarina vive o melhor momento da série histórica em relação ao nível de emprego, além de apresentar um desempenho econômico acima da média nacional. Ela também destacou medidas do governo federal que fortalecem a renda dos trabalhadores, como o Novo PAC, a política de valorização do Salário Mínimo Nacional e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, além da redução progressiva para rendas de até R$ 7.350.
O economista do Dieese, Daniel Monte Cardoso, reforçou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense e o aumento das exportações, mesmo diante do impacto do tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. Já o setor patronal, representado pela Fiesc, apresentou preocupações com os efeitos dessas tarifas, especialmente nos setores de madeira e móveis, argumentando haver sinais de desaceleração econômica.
A negociação contou ainda com a presença do superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Santa Catarina, Paulo Eccel, reforçando a importância institucional do processo.
A próxima rodada de negociação do Piso Estadual de Salários foi agendada para o dia 29 de janeiro, quando trabalhadores e empresários voltarão à mesa para dar continuidade ao debate. A CUT-SC seguirá defendendo a valorização do Piso como instrumento fundamental para garantir melhores condições de vida e trabalho para a classe trabalhadora catarinense.