Escrito por: CUT-SC
Ações de luta das mulheres foram realizadas durante a última sexta-feira, 8 de março, para marcar o Dia Internacional da Mulher, em aproximadamente 20 municípios de Santa Catarina
Ações de luta das mulheres foram realizadas em todo o país durante a última sexta-feira, 8 de março, para marcar o Dia Internacional da Mulher. As mulheres catarinenses também mostraram sua força em diversos atos pelo Estado protestando contra o machismo, a violência e a retirada de direitos. As ações foram organizadas pelo grupo de mulheres 8M, composto por diversos movimentos sociais, sindicais e mulheres independentes, e aconteceram em aproximadamente 20 municípios de Santa Catarina. As mulheres Cutistas também estiveram à frente da organização e participação dos atos pelo Estado.
Uma das principais pautas do 8 de março foi a luta contra a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Dois anos antes, em 2017, as mulheres já haviam realizado a maior mobilização de todos os tempos, em protesto contra a proposta de fim da aposentadoria que havia sido apresentada pelo ilegítimo Michel Temer (MDB).
A reforma apresentada pelo atual governo é ainda pior do que a anterior porque, se aprovada, obrigará a grande maioria das mulheres a trabalhar até os 62 anos para poder se aposentar depois de pelo menos 20 anos contribuição ao INSS.
Além da defesa da Previdência, as mulheres também marcharam pela democracia, por justiça e apuração da responsabilidade pelo assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, e pela liberdade do ex-presidente Lula, mantido preso político desde 7 de abril do ano passado.
A secretária de mulheres da CUT-SC, Sueli Adriano, comentou sobre a importância do protagonismo das mulheres no enfrentamento à retirada de direitos “Nós, mulheres, sempre somos as mais prejudicadas em todos os ataques feitos pelo governo aos direitos. Ver as mobilizações gigantescas feitas por todo o país neste 8 de março pelas mulheres me deu a certeza que mais uma vez seremos as protagonistas nos principais enfrentamentos e ataques que Bolsonaro está planejando, principalmente para barrar a Reforma da Previdência”.
Florianópolis
Na capital, a programação do 8M começou bem cedo, em frente ao Ticen, com tendas temáticas, apresentações culturais e rodas de conversa que debateram sobre a Reforma da Previdência, a violência contra a mulher, diversidade e aborto. O local, ocupado o dia todo pelas mulheres, chamou atenção de todos e todas que passavam por ali, alguns paravam para ouvir e participar dos debates, outros pegavam os materiais e seguiam para o dia de trabalho.
A partir das 18h o espaço em frente ao Terminal Integrado do Centro (Ticen), começou a ser tomada por mulheres e homens que se concentravam para o grande ato que encerrou o 8M em Florianópolis. Milhares de pessoas marcharam pelas ruas da capital, com palavras de ordem, cartazes e batucadas do grupo Cores de Aidê.
A marcha saiu do Ticen, caminhou pela Avenida Paulo Fontes, passou pela Mauro Ramos e encerrou em frente ao Ticen, passando o recado da força da luta feminista contra todos os tipos de violência, machismo e opressão e do descontentamento com o atual governo.
Ações para marcar o Dia Internacional da Mulher e lutar por mais direitos também aconteceram em Blumenau, Criciúma, Chapecó, Joinville, Itapema, Araranguá, Dionísio Cerqueira, Caçador, Lages, Itajaí, Mafra e muitos outros.