Escrito por: Pricila Baade/CUT SC

Mulheres CUTistas de Santa Catarina participam de Marcha das Margaridas

A CUT-SC organizou dois ônibus saindo do estado, levando mais 90 mulheres catarinenses de sindicatos CUTistas e do movimento social que enfrentaram mais de 24 horas de viagem para participarem da Marcha

CUTistas de Santa Catarina se uniram a mais de 100 mil mulheres nesta terça (15) e quarta-feira (16) na 7ª edição da Marcha das Margaridas, em Brasília. A mobilização completa 23 anos desde a primeira edição que ocupou a capital federal. A CUT-SC organizou dois ônibus saindo do estado, levando mais 90 mulheres catarinenses de sindicatos CUTistas e do movimento social que enfrentaram mais de 24 horas de viagem para participarem da Marcha.

A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, participou da marcha e reforçou a tarefa das mulheres nesta marcha “Nesta marcha, nós mulheres temos a responsabilidade de ajudar a reconstruir um país sem violência, em defesa do meio ambiente, do trabalho, combatendo todas as formas de ataques e discriminação contra as mulheres. Reforço aqui nossa frase de luta: seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”.

Organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) com o apoio de outras entidades sindicais, a Marcha apresenta como tema “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”. A programação contou processos formativos e de debates, ações políticas, mobilização, denúncia e reivindicação, enraizadas em cada território e comunidade.

O auge da programação foi a grande marcha, na quarta, quando as mais de 100 mil mulheres que saíram cedo do Parque das Cidades e caminharam até o Congresso Nacional para ouvir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a resposta do governo à pauta entregue por mulheres que saíram de todas as regiões do país. O destaque foi o lançamento do Programa Emergencial de Reforma Agrária destinado a assentar 7,2 mil famílias, sendo 5,7 mil com novas terras e 1,5 mil com créditos fundiários.

 Além disso, foi anunciado a reativação do Fórum Nacional de Políticas para as Mulheres Agricultoras do Campo, da Floresta e das Água, a instalação de  270 unidades móveis para atender mulheres com profissionais da saúde, delegacias especializadas e outros serviços e a entrega de R$ 25 milhões e assistência técnica para a prática da agroecológica, com metade do valor destinado às mulheres e o lançamento do programa “Cidadania e Bem Viver”.