Escrito por: Pricila Baade/CUT-SC
Em Santa Catarina, em diversos municípios as mulheres se mobilizaram para lutar por igualdade de direitos, democracia e contra a violência, mostrando a força da organização feminista no Estado.
Os gritos contra o machismo, pelo fim da violência contra a mulher e de “fora, Bolsonaro” ecoaram em vozes femininas por todo o Brasil nos últimos dias, durante as mobilizações do Dia Internacional da Mulher. Em Santa Catarina não foi diferente: desde a capital até os municípios do interior, mulheres se uniram para lutar por igualdade de direitos, democracia e contra a violência, mostrando a força da organização feminista no Estado.
Para a presidenta da CUT-SC, os atos do Dia Internacional da Mulher são um indicativo que o Dia Nacional de Luta e Greves, marcado para 18 de março, terá grandes mobilizações “Há algum tempo as mulheres estão sendo as protagonistas nas mobilizações contra os desmandos do governo Bolsonaro. Por isso, ver as ruas ocupadas neste 8M é um sinal de que no dia 18 de março conseguiremos fazer grandes atos e paralisações, envolvendo trabalhadores e trabalhadoras de todas as categorias para lutar em defesa do serviço público e da educação”.
Durante toda a última semana, ações aconteceram pelo Estado para marcar o 8M. Na sexta-feira, 6 de março, um ato aconteceu em São Miguel do Oeste em defesa da democracia, pelo fim do machismo e contra os projetos do governo Bolsonaro que atacam principalmente os direitos das mulheres, como a Reforma da Previdência e o desmonte do INSS. As mulheres fizeram uma marcha que iniciou na praça Belarmino Annoni e se estendeu até a praça central do município.
No sábado, 7 de março, foi a vez das mulheres de Blumenau se mobilizarem por igualdade de gênero, contra o feminicídio e por mais direitos. O ato, organizado pelo coletivo 8M Blumenau, reuniu dirigentes dos sindicatos CUTistas de Blumenau e região, junto com mulheres de outros coletivos, que caminharam pelas ruas do centro e fizeram um ato na Praça Dr. Blumenau.
Em Caçador, as mulheres também se mobilizaram para marcar o 8M no sábado (7). Com músicas, cartazes e poesias, mulheres dos movimentos sindical e social ocuparam o Largo Cassanjure e chamaram a atenção de quem passava pelo centro. Na mobilização, foram distribuídos botons e cartilhas informativas sobre as lutas por mais direitos, igualdade de gênero e pelo fim da violência contra a mulher.
Ainda no sábado (7), em Jaraguá do Sul, mulheres dos movimentos sindicais, estudantis e sociais se reuniram na Praça Museu da Paz para um ato em defesa de dignidade e liberdade para as mulheres. A mobilização contou com declamação de poesias, palestras e distribuição de materiais sobre o tema.
Em 8 de março também teve luta em defesa dos direitos das mulheres em Lages. O Coletivo 8M do município organizou uma programação com rodas de conversa, atividades culturais e distribuição de materiais sobre machismo, violência contra a mulher e a luta por igualdade. A atividade aconteceu durante toda a tarde no Parque Jonas Ramos.
Em Chapecó, no domingo (8) um ato político-cultural pela ampliação dos direitos das mulheres aconteceu na Praça Coronel Bertaso. O evento, organizado pelo Coletivo 8M, contou com Mostra de Economia Solidária organizada pela Fetraf, poesia, música, dança e oficinas.
Em Criciúma as mulheres também se mobilizaram no Dia Internacional da Mulher. O coletivo 8M do município organizou diversas atividades no domingo à tarde no Parque das Nações. Entre as atrações estavam oficinas, chá com prosa e exposições artísticas que abordavam a luta das mulheres indígenas e o combate ao ciclo de violência contra mulher.
Em Florianópolis a programação do 8M já iniciou no dia 2 de março, mas a grande marcha que marcou a luta das mulheres na capital aconteceu no fim da tarde desta segunda-feira, 9 de março. Desde o meio-dia, pessoas começaram a se concentrar no Miramar para participar das rodas de conversa, oficinas e atividades culturais que o coletivo 8M preparou. No fim da tarde, milhares de mulheres saíram em marcha com faixas, cartazes e palavras de ordem contra o machismo, a violência e a retirada de direitos promovida pelo governo Bolsonaro.