Escrito por: Pricila Baade/CUT SC

Milhares saem às ruas de Florianópolis em defesa da educação

Os estudantes e trabalhadores organizaram manifestações em todo país contra Bolsonaro e os sucessivos cortes orçamentários na educação e na ciência

Nessa terça-feira (19), estudantes e trabalhadores de Florianópolis se uniram ao restante do país contra os cortes na Educação e a Reforma Administrativa. O ato, organizado pelo movimento estudantil com o apoio dos movimentos sindical e social se concentrou no Largo da Alfândega no fim da tarde e saiu em passeata pelas ruas centrais. Em Santa Catarina também aconteceram atos em Blumenau, Camboriú, Chapecó, Criciúma, Jaraguá do Sul e Joinville. 

Os estudantes e trabalhadores organizaram manifestações em todo país contra Bolsonaro e os sucessivos cortes orçamentários no Ministério da Educação (MEC) e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Essas medidas, adotadas para abastecer o chamado “orçamento secreto”, afetam a rede federal como um todo – universidades, institutos de formação profissional e tecnológica e bolsas de pesquisa para estudantes de mestrado e doutorado.

No início do mês, o governo anunciou cortes no MEC da ordem de R$ 2,4 bilhões, com impactos diretos sobre os cofres da rede, capazes de inviabilizar o funcionamento de universidades e institutos, mas com a pressão e mobilização dos estudantes e professores o governo recuou.

A presidenta da CUT-SC e vice coordenadora do SINTE-SC participou da mobilização e reforçou que a central sempre defendeu a educação pública de qualidade para todos “As universidades públicas estão sendo atacadas desde 2016, depois do golpe de presidenta Dilma, por esses governos que não respeitam a educação. Para eles educação é gasto, mas para nós educação é investimento, é cultura, é trabalho e é vida. Defender a educação pública hoje tem lado: é votar em Lula para presidente e Décio para governador”.

Anna Julia alertou que Bolsonaro e Jorginho Melo são candidatos que são inimigos da educação e que querem colocar os recursos públicos nas universidades privadas. “Destruir a educação pública é um projeto da extrema direita para impedir que os trabalhadores melhorem de vida. Eles não querem que o filho da empregada doméstica possa virar médico ou engenheiro”.