Escrito por: CUT-SC
CUT-SC emite nota lamentando, com indignação, a morte de Elenir de Siqueira Fontão, diretora de uma escola estadual, que foi morta a facadas por seu ex-namorado dentro do banheiro da escola
A CUT-SC lamenta, com indignação, o caso de feminicídio de Elenir de Siqueira Fontão, diretora da Escola Estadual de Educação Básica Januária Teixeira da Rocha, no bairro Campeche, em Florianópolis. A vítima foi morta a facadas pelo seu ex-namorado em seu próprio ambiente de trabalho. A morte de Elenir é mais um exemplo de como o machismo e a precarização de segurança pública assassinam mulheres todos os dias no Brasil.
Não podemos aceitar que o caso de Elenir se torne apenas mais um número dentro os absurdos índices de feminicídio em nosso país. Elenir é a quinta mulher em Santa Catarina só neste ano que morre vítima de uma sociedade machista e patriarcal.
O caso de Elenir é também reflexo da política de desmonte do serviço público praticada pelo Governo de Bolsonaro e replicada no Estado pelo comandante Moisés. A precarização na segurança pública deixa as escolas, os espaços públicos e a população desassistidos e sem qualquer tipo de proteção do Estado. A morte de Elenir comprova ainda que as políticas de proteção às mulheres não funcionam no país, já que a diretora já tinha registrada um boletim de ocorrência contra o agressor por violência doméstica em 2017.
O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, está se aproximando e, por isso, conclamamos todas as trabalhadoras e trabalhadores para que se unam às mobilizações para gritarmos juntos nas ruas de todo o país: basta de violência contra a mulher! Basta de machismo! Nenhuma a menos!
Solidarizamo-nos aos familiares da vítima e reivindicamos que o agressor seja devidamente punido. Reforçamos nosso compromisso em lutar contra todos os tipos de violência contra as mulheres, pela igualdade de gênero e pelo fim do machismo.
ELENIR, PRESENTE!
Direção Estadual da CUT-SC
Florianópolis, 20 de fevereiro de 2020