Escrito por: CUT-SC

Formação de Dirigentes da CUT-SC realiza segundo módulo na Escola Sul

A atividade, voltada para as lideranças CUTistas do Estado, tem como objetivo estratégico compreender a realidade atual para construir ações concretas que fortaleçam a atuação do movimento sindical

Nos dias 2, 3 e 4 de setembro, a Escola Sul, em Florianópolis, recebeu o segundo módulo da Formação de Dirigentes da CUT-SC. A atividade, voltada para as lideranças CUTistas do Estado, tem como objetivo estratégico compreender a realidade atual para construir ações concretas que fortaleçam a atuação do movimento sindical junto à base e à sociedade.

A programação trouxe debates centrais sobre o processo civilizatório em que vivemos, com reflexões sobre as desigualdades sociais, a crise climática, os impactos da ciência e da tecnologia, e os desafios impostos pelo avanço da cultura digital e da inteligência artificial. 

As conversas também abordaram a mercantilização da fé, as estratégias das igrejas neopentecostais, o papel das redes sociais e a manipulação da opinião pública pelas big techs. Esses elementos foram analisados a partir da perspectiva da disputa por corações e mentes, destacando o papel do sindicalismo em construir narrativas capazes de dialogar com a classe trabalhadora e a juventude, fortalecendo a consciência crítica e coletiva.

Um dos momentos mais marcantes foi a roda de conversa sobre como a inteligência artificial e a cultura digital já impactam o cotidiano dos trabalhadores e do movimento sindical. As falas destacaram a importância de compreender essas ferramentas não como neutras, mas como expressões de interesses políticos e econômicos. Para os dirigentes presentes, o desafio é utilizá-las de forma crítica e estratégica, sem perder a centralidade do diálogo direto com a base.

Para Adriana Maria, Secretária de Formação da CUT-SC, a proposta da formação é resgatar o papel histórico do sindicalismo de ser um espaço de reflexão e elaboração estratégica diante dos desafios da sociedade “Assim como nos anos 1980 e 1990, quando as lideranças sindicais construíram caminhos para enfrentar as adversidades, agora precisamos formar quadros preparados para compreender esse novo processo civilizatório e elaborar respostas concretas para fortalecer a organização sindical e o diálogo com toda a sociedade”, destacou.

Ao longo dos três dias, os estudos de caso, debates em grupo e análises coletivas apontaram para a necessidade de reforçar a formação política, investir na comunicação sindical e retomar práticas de solidariedade que aproximem o movimento sindical da realidade concreta da classe trabalhadora.

O processo de formação continua ainda em 2025, com o terceiro módulo marcado para novembro. A jornada se encerra em 2026 com um encontro que reunirá dirigentes dos três estados do Sul, consolidando a formação de lideranças CUTistas preparadas para enfrentar os desafios do presente e construir o futuro que a classe trabalhadora merece.