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Feira Canto da Ilha, em Florianópolis, recebe ação do projeto CUT na Comunidade

Encontro contou com roda de conversa e panfletagem no bairro para fortalecer a criação dos Comitês Populares de Luta

Publicado: 25 Julho, 2022 - 14h40 | Última modificação: 25 Julho, 2022 - 14h56

Escrito por: Pricila Baade/CUT SC

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O último sábado (23) foi dia de reunir moradores do norte de Florianópolis para conversar sobre os problemas que o país enfrenta e sobre a construção de um projeto de sociedade que priorize os trabalhadores e os mais oprimidos. O encontro fez parte de mais uma ação do projeto CUT na Comunidade - que tem como objetivo fortalecer a criação dos Comitês Populares de Luta - e aconteceu durante a Feira Canto da Ilha, na Escola Sindical Sul. 

Primeiro, os participantes fizeram uma panfletagem pelo bairro para chamar a atenção sobre a alta do preços dos alimentos e dos combustíveis. Depois, foi feita uma roda de conversa para falar sobre esses e outros problemas que atingem diretamente a população, refletir sobre quem são os culpados pela situação que o país vive e pensar ações coletivas para construir um projeto de sociedade melhor para a classe trabalhadora.

O educador da Escola Sindical Sul da CUT, Rafael Serrao, coordenou a roda de conversa e falou sobre a situação alarmante do Brasil “Estamos vivendo no único país que saiu do Mapa da Fome da ONU e voltou em menos de dez anos. Hoje são 33 milhões de pessoas passando fome, 10,6 milhões de desempregados e 180 mil pessoas vivendo nas ruas”. Em seguida, provocou os participantes e a refletirem se a vive deles melhorou ou piorou nos últimos anos.

O trabalhador aposentado Clenio Lopes Silva falou sobre as dificuldades dos trabalhadores de viver apenas com o salário mínimo “Estamos falando do país em que mais da metade do povo precisar viver com 1212 reais por mês”. Ele falou sobre como nos últimos seis anos diminuiu o poder de compra e foi preciso aumentar os “bicos” – como são popularmente conhecido os trabalhados informais – para dar conta de pagar as contas do mês. Durante a roda de conversa, os participantes ainda relataram sobre como nos últimos anos aumentou consideravelmente a violência contra a mulher, o ódio e o preconceito.

A partir do encontro, foi oficializada a criação de um Comitê Popular de Luta na Escola Sul, que já está programando um próximo encontro. O Secretário Geral da CUT-SC, Rogerio Manoel Correa, participou da ação e avaliou positivamente “A CUT precisa voltar a estar mais perto do povo para ouvir o que aflige a classe trabalhadora e refletir sobre que projeto de sociedade queremos. Precisamos multiplicar a criação dos Comitês Populares de Luta pelo estado e trabalhar para que eles sejam permanentes”.

O projeto “CUT na Comunidade”, organizada pela CUT-SC em parceria com a Escola Sindical Sul, organizará encontros em todo o estado para debater com a comunidade sobre o melhor projeto de país para o povo e refletir o que cada um pode fazer para mudar a realidade do Brasil. A ação busca incentivar a criação dos Comitês Populares de Luta.