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Esclarecimento: é falso que manifestantes invadiram igreja em Joinville

Notícias falsas circularam nesta quarta afirmando que estudantes haviam invadido a Igreja da Paz durante o culto e tocado o sino, a própria igreja soltou nota desmentindo

Publicado: 19 Outubro, 2022 - 16h07 | Última modificação: 19 Outubro, 2022 - 16h29

Escrito por: CUT-SC

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Após o ato, realizado por estudantes e trabalhadores, contra os cortes na Educação e em solidariedade à uma professora do IELUSC que foi demitida por declarar voto em Lula, começaram a circular diversas notícias falsas afirmando que os manifestantes invadiram a Igreja da Paz, em Joinville. Durante o protesto, os manifestantes estiveram no pátio da IELUSC – que é compartilhado entre a igreja e a faculdade – e entraram em um dos prédios da instituição de ensino, mas em nenhum momento entraram na igreja. 

A CUT-SC emitiu uma nota esclarecendo a situação, repudiando as fake news criadas e prestando solidariedade à professora demitida. A Paróquia da Paz também divulgou uma nota desmentindo o caso "Ao contrário do que vem sendo reportado, especialmente nas redes sociais, a paróquia informa que não houve invasão de nenhum espaço da Igreja da Paz, antes ou durante o ato estudantil e que os sinos foram acionados como de costume, no ato da Oração do Pai Nosso”, diz trecho a nota.

Confira a nota da CUT-SC na íntegra: 

A Central Única dos Trabalhadores de Santa Catarina (CUT-SC) manifesta sua solidariedade a professora Maria Elisa Maximo, que nesta semana foi demitida da Faculdade Ielusc, de Joinville (SC), por publicar seu posicionamento político contrário ao presidente da república em suas redes sociais pessoais. A demissão de Maria Elisa é um ato que contraria a liberdade de expressão e fere a democracia, já muito ameaçada neste momento do país.

Na noite desta terça-feira (18), após participarem do ato nacional dos estudantes contra os cortes na educação, manifestantes se juntaram a estudantes da Faculdade Ielusc, que se mobilizavam para um ato de apoio a professora. A manifestação aconteceu de forma pacífica no campus da instituição, localizado no centro da cidade.

Logo após o ato, começaram a surgir diversas notícias falsas, informando que os estudantes haviam invadido a Igreja da Paz durante o culto e tocado o sino, interrompendo a celebração religiosa. É importante esclarecer que não houve nenhuma invasão a templo religioso e nem a qualquer outro prédio. Em nenhum momento os manifestantes entraram na igreja e não tocaram o sino, informação confirmada pela própria paróquia em nota oficial.

A manifestação ocorreu no prédio conhecido como Deutsche Schule, que fica próximo a igreja, ambos dentro do terreno da faculdade. O local, que abriga salas de aula e laboratórios, é usado pelos estudantes da instituição. Logo, se os alunos têm acesso ao local, a manifestação não pode ser chamada de invasão. Tão pouco houve depredação do patrimônio da instituição.

A CUT lamenta que novamente as fake news sejam usadas para deslegitimar manifestações democráticas. Protestar contra a demissão de um professor é direito dos estudantes e dos trabalhadores. Nossa solidariedade também aos alunos que estão sendo alvo de mentiras e calúnias nas redes sociais.

Direção da CUT-SC