Escrito por: Pricila Baade/CUT SC
A audiência virtual com procurador-chefe em exercício do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina contou com a participação de representantes da CUT, CTB, CSB, Nova Central, UGT e Força Sindical
Representantes da CUT, CTB, CSB, Nova Central, UGT e Força Sindical de Santa Catarina se reuniram na tarde desta sexta-feira (4) para uma audiência virtual com o procurador-chefe em exercício do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC), Piero Rosa Menegazzi para debater sobre os casos de assédio eleitorais.
O procurador-chefe do MPT-SC relatou o aumento alarmante de denúncias durante esta eleição “Tivemos um período com um aumento de denúncias de assédios eleitorais nunca antes visto, só em Santa Catarina foram mais de 230 casos. O balanço da atuação do MPT é positivo, porque mesmo com baixo número de pessoal, conseguimos atender ao menos os casos mais graves”. Os representantes das centrais parabenizaram o MPT-SC pelo trabalho de combate ao assédio eleitoral.
Durante o encontro, a presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, ressaltou que os casos de assédio continuam mesmo após a eleição “Estamos recebendo informações de empresários que estão fechando as portas das empresas e obrigando os trabalhadores a participarem dos movimentos antidemocráticos”
O Secretário Geral da CUT-SC, Rogerio Manoel Correa, alertou para o comunicado que está circulando nas redes de greve geral chamada pelo empresários a partir da próxima semana “Como vão ficar os trabalhadores? Eles serão obrigados a participar desta greve mesmo sem vontade? O salário e os direitos dos trabalhadores serão mantidos? Como será a fiscalização e a punição destes empresários? Esta é a nossa grande preocupação neste momento como representantes dos trabalhadores”.
O procurador-chefe do MPT-SC ressaltou que o trabalho de fiscalização e punição aos empresários que cometerem assédio continuam mesmo após as eleições “As denúncias que não demos conta de apurar antes das eleições não serão simplesmente arquivadas. Todas serão investigadas para que os autores dos assédios sejam responsabilizados pelo o que fizeram para mostrar que isso não será tolerado”.
Sobre os relatos de trabalhadores obrigados a participar dos movimentos antidemocráticos, o procurador informou que essas denúncias já estão chegando à instituição e que todas serão investigadas “Da nossa parte, vamos fiscalizar para que nenhum trabalhador seja obrigada a participar de greve ou paralisação e que os empresários que estiverem cometendo este tipo de assédio tenham uma reposta muito dura para deixar demarcado que isto não será permitido”.