Escrito por: CUT Brasil com edições de CUT-SC
Na quarta-feira (4) aconteceu o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, do Emprego e Contra as Privatizações e na quinta (5) da plenária sindicalista contra as privatizações
Representantes CUTistas de Santa Catarina estiveram esta semana em Brasília para participar de dois importantes momentos de luta em defesa da soberania nacional. Na quarta-feira (4) eles participaram do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, do Emprego e Contra as Privatizações, na Câmara de Deputados, e na quinta-feira (5) da plenária sindical para articular estratégias de lutas para barrar as privatizações do governo de Jair Bolsonaro (PSL), no Sindicato dos Bancários.
A CUT-SC foi representada nos dois eventos pela Secretária de Mulheres da CUT-SC, Sueli Adriano; pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palhoça, Francisco de Souza Martins; pela presidenta do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Criciúma, Jucélia Jesus; e por Graziele Justino, do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de São José.
O lançamento da Frente Parlamentar Ampla contou com a participação de Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), de Guilherme Boulos (Psol) e de Fernando Haddad (PT), ambos candidatos à Presidência em 2018, além de parlamentares da Câmara e do Senado e representantes dos movimentos sociais
Em sua fala, Vagner Freitas enfatizou a importância de ampliar a luta em defesa da soberania a todo o País. “Soberania é emprego, é educação, é sociedade vibrante”. Essa luta, segundo o presidente nacional CUT, não é somente dos trabalhadores e da esquerda. “A soberania é uma pauta de todos os brasileiros e brasileiras, que não nasceram para ser cidadãos de segunda classe”, disse Vagner a um auditório lotado.
Para o presidente da CUT, “todos aqueles que são pela democracia, pela soberania nacional não obrigatoriamente têm que comungar com as nossas ideias socialistas, com as ideias de quem está aqui hoje neste ato”. O presidente da CUT fez questão de reforçar que a pauta da Frente Parlamentar em Defesa da Soberania deve se estender a todo o povo brasileiro, a todos que querem emprego, desenvolvimento, salário, renda.
Haddad, Dilma, Lula no Lançamento da Frente Parlamentar
A ex-presidente Dilma, além de discursar contra as privatizações de estatais como Petrobras, saiu em defesa da floresta amazônica, essencial à manutenção da soberania nacional. “Quem nunca viu aquilo não entende a grandeza do nosso país", afirmou a petista.
Antes de inicial sua fala, Fernando Haddad leu uma carta do ex-presidente Lula na qual o ex-presidente critica o fato de o governo Bolsonaro estar entregando as riquezas brasileiras a outros países. "Bolsonaro entregou a política externa para os Estados Unidos, "Quem vai ocupar o espaço dos bancos públicos, da previdência? Quem vai fornecer ciência e tecnologia que o Brasil pode criar? Serão empresas de outros países que já estão tomando nosso mercado", diz trecho da mensagem de Lula destacada por Haddad.
A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional surgiu da iniciativa do deputado federal Patrus Ananias (PT-MG), que será o coordenador da instância. A presidência ficará a cargo da senadora Zenaide Maia (Pros-RN).
No evento foi anunciado um calendário de atos pelo Brasil contra as privatizações. Estão previstas manifestações em defesa dos Correios, da Petrobras, da Amazônia, dos bancos públicos, da reestatização da Vale, da Base de Alcântara e da Eletrobras. No total, já estão marcados 13 atos, com início no dia 7 de setembro, com o Grito dos Excluídos. A articulação prevê também a criação de um comitê nacional e de comitês estaduais para organização das atividades.
Plenária Sindical propõe campanha em defesa da soberania e reforça dia 20 de setembro como Dia Nacional contra destruição do Brasil
Na plenária sindical a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, defenderam uma maciça campanha de esclarecimento, para que a população compreenda o significado da soberania nacional e das próprias privatizações, na vida das pessoas.
Comentaram também o papel da Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Soberania Nacional, lançada ontem na capital do país. A plenária definiu o dia 20 de setembro como o Dia Nacional de Mobilização e Protesto do Setor Público.
“Vamos promover paralisações e atos nos locais de trabalho no dia 20, em defesa do patrimônio público, do emprego, além de inserirmos a luta em defesa da Previdência Social”, disse o secretário-geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre. Para ele, defender as estatais não é de interesse apenas do setor público, mas da classe trabalhadora e de toda a sociedade. “É o país que está em risco”, alerta Nobre diante da política privatista e entreguista de Bolsonaro.
Confira o calendário completo em defesa da soberania nacional:
7 de Setembro – Grito dos Excluídos e Luta em defesa da Educação
19 de Setembro – Jornada rumo ao centenário de Paulo Freire
20 de Setembro – Dia Nacional de manifestações e paralisações contra a destruição do Brasil
24 de Setembro – Manifestação em torno do indicativo de votação da reforma da Previdência no Senado
26 de Setembro – Ato em Brasília (DF) em defesa dos Correios
3 de Outubro – Ato no Rio de Janeiro (RJ) e em Curitiba (PR) em defesa da Petrobras e da Soberania
5 de Outubro – Ato Nacional em Marabá (PA) em defesa da Amazônia
15 de Outubro – Ato em São Paulo (SP) em defesa dos Bancos Públicos
16 de Outubro – Dia Mundial da Alimentação
17 de Outubro – Seminário no Auditório Nereu Ramos, em Brasília (DF), contra a violência no ambiente escolar (organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
18 de Outubro – Ato Nacional em Recife (PE) em defesa da Eletrobrás
25 de Outubro – Ato em Brumadinho (MG) em defesa da reestatização da Vale
20 de Novembro – Caravana em defesa da Base de Alcântara, no Maranhão