Escrito por: CUT-SC
Em nota, CUT repudia política de tercerização do prefeito Adriano, do Novo, em Joinville, e se solidariza com presidenta do SINSEJ ameaçada de morte após denunciar caso de trabalho análogo à escravidão
Não é de hoje que a CUT denuncia, combate e repudia o trabalho terceirizado, porque sabemos o quanto precariza as relações de trabalho e prejudica os trabalhadores e trabalhadoras – sendo um dos principais fatores para os casos de trabalhos análogos à escravidão. Exemplo disso é o caso em Joinville, que tomou as manchetes do país nas últimas semanas, e mostrou o quanto a terceirização pode ser cruel com os trabalhadores.
Uma denúncia feita pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville escancarou o desrespeito e humilhação que uma empresa terceirizada submetia seus funcionários em uma obra da prefeitura de Joinville, em situação análoga ao trabalho escravo. O caso revelou não apenas as terríveis consequências do trabalho escravo, mas também o modus operandi do governo Adriano Silva de Joinville, único prefeito do partido Novo no país, que tem como política a privatização de tudo e o desmonte do serviço público.
Pior foi a sucessão absurda dos fatos após a denúncia em matéria jornalística de um sitio local, com a demissão no dia seguinte do jornalista Leandro Schmitz e a ameaça de morte contra a presidenta do SINSEJ, Jane Becker.
A reforma trabalhista do golpista Michel Temer, somada com quatro anos de desgoverno e achaques do bolsonarismo contra os sindicatos que existem para defender a classe trabalhadora, trouxeram muitos retrocessos que precisam ser revertidos pelo governo Lula.
Posto isso, repudiamos todos os ataques e infortúnios sofrido pelos trabalhadores terceirizados que eram transportados num caminhão baú fechado, sem equipamento de proteção individual e almoçando em ambiente de condições lastimáveis, o chão de um canil.
Repudiamos toda e qualquer terceirização ou privatização do serviço público, já que o prefeito do Novo pretende implantar OS’s na saúde pública de Joinville, bem como entregar o Centro de Bem-Estar Animal (CBEA) a uma terceirizada após investir quase dois milhões de reais.
Nos solidarizamos ainda com a companheira Jane Becker, presidenta do Sinsej, que cumpre o seu mandato de defesa dos trabalhadores e não pode ser alvo de ameaças contra a sua vida. A prefeitura deve garantir, com urgência, utilizando dos meios cabíveis, a integridade física da companheira.
Não iremos admitir nenhuma intimidação e não vacilaremos na luta em defesa de serviços públicos de qualidade para população e condições dignas para todos os trabalhadores!
Direção da CUT-SC