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CUT-SC repudia campanha homofóbica contra professor de Gaspar

A CUT-SC vem a público repudiar a campanha homofóbica que está sendo feita contra o professor de matemática Lodemar Luciano Schmitt, para impedir que o mesmo se eleja diretor de uma escola em Gaspar

Publicado: 21 Novembro, 2019 - 19h26 | Última modificação: 22 Novembro, 2019 - 09h46

Escrito por: CUT-SC

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A CUT-SC vem a público repudiar a campanha homofóbica que está sendo feita contra o professor de matemática Lodemar Luciano Schmitt, para impedir que o mesmo se eleja diretor da Escola Professora Dolores L. S. Krauss, em Gaspar, por causa de sua orientação sexual.

Por meio de aplicativos de mensagens na internet uma mãe de duas alunas da instituição de ensino enviou áudios para outras mães e pais de estudantes com conteúdo altamente preconceituoso e homofóbico usando palavras como “esse tipo de pessoa”, “que está defendendo as crianças, nem tanto as meninas, mas nos meninos vendo aquilo ali” e muito mais. Ela menciona nos áudios que já organizou reuniões com os pais para convencer as outras pessoas da comunidade a votaram contra ele na eleição que acontece nesta sexta-feira (22) por causa de sua orientação sexual.

Lodemar é um profissional respeitado pela comunidade com uma longa trajetória dedicada à educação, atua há 19 anos na rede municipal e há 26 na rede estadual. Além disso, foi da coordenação municipal do SINTE de Gaspar e atualmente é um dos Conselheiros Estaduais eleitos da entidade. O professor está sendo apoiado por grande parte dos funcionários e da atual direção da escola para ser diretor por sua competência para ocupar o cargo.

Não podemos aceitar que qualquer tipo de atitude que reproduza o preconceito, a intolerância e a homofobia ocorram em qualquer espaço, ainda mais dentro de instituições de ensino. Desde 13 de junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) considera que a homofobia é crime, equiparando as penas por ofensas a homossexuais e a transexuais às previstas na lei contra o racismo.

A CUT-SC sempre defendeu o respeito a todos os trabalhadores e trabalhadoras, independente de orientação sexual, sexo ou etnia. Repudiamos qualquer atitude que reproduza a intolerância e o preconceito e exigimos que os responsáveis sejam devidamente punidos.

Nos solidarizamos ao professor Lodemar e a todos os trabalhadores e trabalhadoras que sofrem qualquer tipo de preconceito no ambiente de trabalho e em outros locais.