CUT-SC repudia agressões sofridas por jornalistas em Florianópolis
Em nota, Direção da CUT-SC repudia agressões cometidas contra um repórter e um cinegrafista da NSC TV que aconteceu nesta segunda-feira, em Florianópolis
Publicado: 03 Novembro, 2020 - 12h32 | Última modificação: 03 Novembro, 2020 - 12h49
Escrito por: CUT-SC
A CUT-SC repudia as agressões cometidas contra a repórter Bárbara Barbosa e o repórter cinematográfico Renato Soder por três pessoas na Praia do Campeche, em Florianópolis, nesta segunda-feira (2). Este é mais um acontecimento que demonstra que vivemos em um verdadeiro estado de exceção, em que a liberdade de imprensa e nossa democracia estão constantemente ameaçadas por atos de violência quase diários no país, legitimados por discursos do presidente que incentivam a agressão aos profissionais de comunicação.
A agressão aos dois profissionais da NSC TV aconteceu enquanto a equipe gravava uma reportagem sobre descumprimento de regras para evitar a propagação do novo coronavírus na praia durante o feriado de Finados. No momento em que faziam uma gravação, um grupo de pessoas avançou sobre a repórter e o cinegrafista com xingamentos e ameaçando quebrar os equipamentos. Uma mulher chegou a pegar o celular de Bárbara Barbosa. Após a confusão, a repórter conseguiu recuperar o celular, mas sofreu arranhões e marcas de agressão no braço.
É inaceitável que mais uma vez jornalistas sejam agredidos por pessoas intolerantes que de forma autoritária tentam cercear a imprensa de cumprir seu papel de levar a informação de forma livre para a população. Os ataques aos profissionais de imprensa tem crescido de forma assustadora desde 2019. Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), comparado com o ano anterior, os ataques contra profissionais da imprensa aumentaram 54% em 2019, totalizando 208 casos. Tudo isso é reflexo do governo fascista que está no poder, incentivando agressões à imprensa. Prova disso é que outro monitoramento feito pela FENAJ mostrou que Jair Bolsonaro fez 299 declarações ofensivas ao jornalismo só no período de janeiro a setembro deste ano.
Tentar calar a imprensa é um grave ataque à nossa democracia e à liberdade de expressão. A intolerância e o autoritarismo de Bolsonaro e seus seguidores precisam ser combatidos urgentemente.
A CUT-SC mais uma vez reafirma sua luta em defesa da liberdade de imprensa e do Estado Democrático de Direito. Demonstramos nosso total apoio e solidariedade aos profissionais de imprensa agredidos e exigimos que os agressores sejam identificados e punidos.
Direção CUT-SC