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CUT-SC passa pelas seis regionais para construir propostas para CONCUT e CECUT

Foram dois dias de debates em cada regional com a participação dos delegados nacionais e estaduais eleitos com o objetivo de construir as estratégias e plano de lutas da central para o próximo período.

Publicado: 16 Agosto, 2019 - 17h59 | Última modificação: 16 Agosto, 2019 - 19h17

Escrito por: Pricila Baade - CUT/SC

Durante todo o mês de julho aconteceram as plenárias regionais da CUT-SC de preparação para o 13º Congresso Nacional da CUT (CONCUT) e 13º Congresso Estadual da CUT-SC (CECUT).  Os encontros passaram pelas seis regionais de Santa Catarina com o objetivo de construir as estratégias e plano de lutas da central para o próximo período.

Foram dois dias de debates em cada regional com a participação dos delegados nacionais e estaduais eleitos pelos sindicatos para representarem as entidades nos congressos. Ao todo participaram representantes de 70 sindicatos e mais de 200 dirigentes sindicais e trabalhadores de diferentes ramos de atividade. “A CUT Santa Catarina há anos mantém a política de realizar plenárias em todas as regionais para dialogar com a base e construir coletivamente as propostas para nosso congresso. Esse processo democrático feito pelo nosso estado é usado como exemplo em vários outros espaços. Este ano, os dirigentes da direção e funcionárias da CUT Estadual estiveram 30 dias na estrada, passando por todas as nossas regionais, para novamente construir o que queremos para o futuro da nossa central diretamente com a base”.

As plenárias iniciaram na regional Sul, nos dias 9 e 10 de julho; depois aconteceram em Florianópolis, nos dias 11 e 12 de julho; seguindo para a Regional Oeste, em 15 e 16 de julho; e no Meio-Oeste na mesma semana, nos dias 17 e 18 de julho. As duas últimas regionais onde aconteceram as plenárias foram o Norte, em 30 e 31 de julho, e Vale, nos dias 1º e 2 de agosto.

A metodologia dos encontros foi elaborada pela Escola Sul da CUT para possibilitar o máximo de participação dos delegados. Desde a análise de conjuntura, até a construção de propostas e plano de lutas, tudo foi feito coletivamente, por meio de trabalhos em grupo e uso de materiais alternativos, como tarjetas, vídeos e dinâmicas.

O formador da Escola Sul, Rafael Serrao, foi quem coordenou os encontros nas seis regionais e explica sobre os recursos utilizados “Nesse processo das plenárias coube a Escola Sul desenvolver uma metodologia condizente com a importância da atividade proposta, basicamente trabalhamos com os pilares da educação popular e o desenvolvimento de trabalho em grupos, sempre com a preocupação de garantir que todos e todas pudessem se manifestar e construir propostas de resolução”.

Para Rafael, o resultado dos encontros foi muito positivo “A realização das plenárias mostrou a capacidade da militância CUTtista em construir alternativas em momentos de adversidade, reforçando aquilo que está no DNA de nossos dirigentes: a resistência contra governos autoritários e o compromisso com a classe trabalhadora”.

Nas plenárias, a programação se concentrou em torno de três eixos principais: atualizar o projeto político organizativo da CUT frente as transformações do mundo do trabalho; fortalecer a luta em defesa dos direito, soberania e democracia; fazer um balanço da atuação da central em âmbito nacional e estadual e elaborar estratégias e plano de lutas para o próximo período. Durante a análise de conjuntura, a militância CUTista reafirmou que a luta por Lula Livre, tema tanto do congresso nacional, como do estadual, deve ser intensificada diariamente.

Geici Maiara Brig, dirigente do Sintraseb e profissional da Educação, tem 25 anos e é a primeira vez que irá participar de um congresso da central. Ela esteve na plenária da regional Vale e elogiou a metodologia usada “Em muitos momentos organizativos o comum é que as teses venham prontas, construída de cima para baixo, e isso não ajuda no debate. A forma como a plenária foi feita possibilitou que todos pudessem participar e contribuir no plano de lutas para o próximo período da central”.  

A expectativa dela é que o congresso, embasado nos debates feitos nas plenárias, consiga construir um plano de lutas que dê conta de enfrentar a conjuntura de ataques que vivemos “Espero que as estratégias montadas no congresso consigam da capacidade política para que a nossa central consiga organizar e convencer os trabalhadores da necessidade da luta”.

Geici ainda destacou a importância de que esse congresso dê atenção especial para a juventude trabalhadora “Precisamos discutir como o movimento sindical vai trabalhar com os jovens, pois são eles que estão entrando no mercado de trabalho sem garantia nenhuma de direitos. É necessário dialogar com a juventude e inseri-los nos espaços de deliberação”.

Todas as propostas feitas nas seis regionais foram sistematizadas e encaminhadas para a CUT Nacional e serão apresentadas no 13º CONCUT, que acontece entre os dias 7 e 10 de outubro, em Praia Grande (SP). As proposições construídas também serão usadas para elaborar o caderno de textos do 13º CECUT, que acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Hotel Canto da Ilha, em Florianópolis.

A presidenta da CUT-SC analisa que este congresso será um dos mais destes 36 anos de história da central, frente às grandes mudanças que o mercado de trabalho e aos tantos ataques que a classe trabalhadora está sofrendo. “Essas plenárias foram essenciais para os dirigentes liberados da central debaterem e construírem coletivamente o plano de lutas para o próximo período e também fazer um balanço da atuação cutista na conjuntura de enfrentamento ao golpe e à prisão do presidente Lula”, concluiu Anna Júlia.  

Confira as fotos das seis plenárias: 

REGIONAL SUL

REGIONAL FLORIANÓPOLIS:

REGIONAL OESTE: 

REGIONAL MEIO-OESTE

REGIONAL NORTE

REGIONAL VALE: