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CUT-SC participa de ato em defesa da Reforma Agrária, em Canoinhas

O ato contou com a participação de mais de 300 pessoas

Publicado: 06 Novembro, 2023 - 10h32

Escrito por: Coletivo de comunicação MST (SC)

Pedro Mendes
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Neste dia 04 de novembro, representantes de entidade CUTistas se uniram a mais de 300 pessoas, entre eles representantes do movimento de luta por moradia, associação de moradores, comitês populares, INCRA e famílias Sem Terra para reafirmar que a violência do Estado contra o povo no campo só acabará quando a Reforma Agrária for efetivada em todo país, e que, justo por isso, é tão importante mais um passo na conquista da construção do assentamento Terra Livre em Canoinhas (SC). Após a atividade encerrar, mais uma vez a polícia militar agiu de forma violenta.

Todos os representantes repudiaram as ações de violência realizadas pela polícia militar nos dias 21 e 23 de outubro contra famílias Sem Terra, respectivamente nos municípios de Canoinhas e Major Vieira. Ressaltou-se ainda que os despejos foram realizados sem ordem judicial.

Iraci de Lara, integrante do MST, reforçou que “a Reforma Agrária é uma conquista dos trabalhadores e está assegurada na Constituição. Cada vez que uma terra é conquistada, é um passo a mais a transformação que buscam todos os Sem Terra, mas também para todos os trabalhadores, pois avançar o nosso projeto é produzir alimento saudável para o povo”.

Rogerio Manoel Côrrea, secretário geral da CUT-SC, pontua, “pra nós é importantíssimo estar aqui no assentamento Terra Livre, junto a um grupo que vive uma luta constante pelo direito à terra, que produz alimentos saudáveis, que foi solidário durante a pandemia e também agora durante as enchentes aqui em Santa Catarina. O MST luta pela vida, por isso somos parceiros nessa luta”.

Júlia Forell e Dan FerreiraJúlia Forell e Dan Ferreira

Durante a atividade, árvores nativas foram plantadas, um bosque foi iniciado e mudas foram distribuídas, totalizando 500 árvores, somando ao Plano Nacional Plantar Árvores Produzir Alimentos Saudáveis. Simbolicamente reforçou-se que o futuro precisa ser plantado e cultivado, somente cuidando da natureza poderemos ter um futuro próspero.

Além disso, os presentes se colocaram em solidariedade com o povo Palestina, que vem sendo massacrado, privado do seu direito à vida e à terra.

Apesar da atividade ter sido tranquila, após a mesma terminar a polícia militar atuou mais uma vez de forma violenta, jogando gás de pimenta em mulheres, homens e adolescentes.