Creche Madre Regina é arrombada pela 20ª vez e pais e professores protestam por mais segurança
A segurança e o bem-estar das crianças, que são cuidadas na creche Madre Regina, em Araranguá, está a mais de 11 meses sendo colocadas à prova. Isso porque, desde outubro do ano passado, assaltantes entraram e arrombaram dezenas de vezes o prédio escolar. A última delas, e que provocou revolta entre os profissionais da educação, foi nesta quarta-feira, dia 21.
Durante a madrugada, o alarme da creche soou por duas vezes. Mas mesmo assim, nenhum bandido foi preso. Entre os prejuízos iniciais, está toda a merenda, que foi levada pelos assaltantes. Conforme o grupo de sete professoras que trabalham na Madre Regina, esta foi a 20ª vez, que a creche foi arrombada. O medo e a insegurança fizeram que as profissionais não adentrassem no prédio escolar.
“São 11 meses sofrendo com a insegurança. Não aguentamos mais sofrer com constantes assaltos. Estamos pedindo socorro,” desabafou uma das professoras, que não quis ser identificada.
Ainda conforme esta professora, o alarme que tocou duas vezes durante a madrugada, somente está instalado na creche, graças a uma rifa; ação feita entre o grupo escolar, que resultou no recurso para investir na segurança dos alunos. “E mesmo com o alarme tocando, a Polícia leva muito tempo para chegar na creche, o que acaba o ladrão sempre conseguindo fugir,” lamentou.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araranguá - Sindma, Luis Gonçalves Vieira, prestou apoio a causa das educadoras. “O assunto está até ficando repetitivo, mas é necessário chamar novamente a atenção do município e cobrar por medidas urgentes, pois estamos falando da segurança de crianças e trabalhadores, e isso não pode esperar,” pontuou.
Entre as reivindicações das professoras, que na companhia de alguns pais, cruzaram os braços na manhã desta quarta-feira, em frente a creche, estão grades nas portas e nas janelas e mais atenção do município com a segurança de professores e alunos.
“O município está construindo uma nova creche ao lado do Bom Pastor, sendo que o local aqui é provisório. Mas mesmo assim, não podemos viver nesta insegurança constante. Não estamos pedindo coisas impossíveis de se fazer. Se a prefeitura colocasse grades, já ajudaria a resolver boa parte do problema” concluiu o grupo de professoras.
Localizada na Avenida Engenheiro Mesquita, a Creche Madre Regina atende atualmente, aproximadamente 90 crianças dos bairros Barranca e da comunidade da Baixadinha.
