Escrito por: CUT-SC
O encontro reuniu dirigentes sindicais de diversas categorias para definir estratégias de luta e ações para o próximo período
Em reunião virtual realizada na última quinta-feira, 20 de março, o Coletivo de Combate ao Racismo da CUT-SC reuniu dirigentes sindicais de diversas categorias para definir estratégias de luta e ações para o próximo período. O encontro contou com a participação de representantes dos servidores municipais, bancários, ecetistas e da educação estadual.
A reunião teve início com a exibição de um vídeo sobre Abdon Batista, o único governador negro da história de Santa Catarina, como forma de homenagear e resgatar a memória da luta negra no estado. Em seguida, o coletivo avaliou a participação nas manifestações do 8 de março, que tiveram como tema central a campanha "Sônia Livre", em defesa da liberdade de Sônia Maria de Jesus. Os participantes reafirmaram a importância de dar continuidade à luta pela libertação de Sônia e pelo fim do racismo institucional.
Um dos pontos centrais da pauta foi a organização da participação do coletivo nas atividades do 1º de Maio, com o objetivo de inserir as pautas de combate ao racismo nas mobilizações da data. Além disso, foram debatidas as estratégias de participação da CUT-SC no 5º Congresso Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) e na Marcha das Mulheres Negras, eventos importantes para a luta antirracista no país.
Outros encaminhamentos importantes foram definidos durante a reunião, como a necessidade de fortalecer a comunicação e dar maior visibilidade às ações de combate ao racismo realizadas pela CUT e pelas entidades filiadas. O Secretário de Combate ao Racismo da CUT-SC, Hélio Samuel de Medeiros, destacou a importância de ampliar a participação de pessoas negras na política, como forma de garantir a representatividade e a defesa dos direitos da população negra nos espaços de poder. "Precisamos ocupar os espaços de poder para garantir que nossas pautas sejam ouvidas e que tenhamos voz ativa na construção de um país mais justo e igualitário", afirmou Hélio Samuel.