Escrito por: Pricila Baade, CUT SC

Centrais Sindicais cobram posição e ação do TRE-SC para coibir assédios eleitorais

As centrais solicitaram que o TRE-SC se manifeste publicamente sobre os assédios eleitorais, que ouça o MPT para ter dimensão das denúncias que estão sendo feitas e faça ações para coibir os empresários

Representantes das centrais sindicais de Santa Catarina se reuniram na tarde desta sexta-feira (21) com o Diretor-Geral do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), Gonsalo Ribeiro, para debater ações imediatas para coibir os assédios eleitorais nos locais de trabalho.

A audiência foi solicitada pelas centrais por causa do aumento expressivo de denúncias que as entidades sindicais estão recebendo neste 2º turno. A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, relatou ao Diretor-Geral do TRE-SC a situação alarmante que os trabalhadores do estado estão passando, com mais de 100 denúncias já registradas no Ministério Público do Trabalho e no site das centrais sindicais de casos de assédio eleitoral “As denúncias vão desde pressão emocional com ameaças de que a empresa fechará as portas caso o candidato indicado pelo patrão não for eleito até casos de demissão de trabalhadores que declararam apoio em suas redes sociais para o candidato que não é o do patrão”. 

Ronald dos Santos, representante da CTB, alertou que a ação das instituições como TRE-SC para os assédios eleitorais é urgente e imprescindível “O que estes patrões estão fazendo são retrocessos que não confrontam apenas os interesses e a liberdade democrática dos trabalhadores, mas todos o edifício civilizatório que já foi construído. É um afronta às instituições democráticas. Se nós não nos manifestarmos nesse momento, vamos dar a liberdade para que fatos ainda piores aconteçam no futuro”. 

Os representantes das centrais solicitaram que o TRE-SC se manifeste publicamente sobre os assédios eleitorais, que ouça o Ministério Público do Trabalho para ter dimensão das denúncias que estão sendo feitas e que sejam tomadas ações para punir e coibir os empresários de continuarem cometendo crimes eleitorais. O Diretor-Geral do TRE-SC se comprometeu em conversar com o presidente do TRE-SC, desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann, e repassar as demandas das centrais. 

Na reunião participaram representantes da CUT, CTB, Intersindical e Nova Central, mas a ação para combater o assédio eleitoral também conta com o apoio da CSB, Força Sindical e UGT que não puderem estar presentes. O advogado trabalhista e presidente da Associação Catarinense dos Advogados Trabalhistas, Prudente Mello, também participou do encontro.