Bancários protestam contra demissões e fechamento de agências do Bradesco
Em Florianópolis, Criciúma e Araranguá aconteceram atos contra o fechamentos indevidos de diversas agências, demissões e cobrança de metas abusivas dos funcionários
Publicado: 23 Novembro, 2021 - 13h34 | Última modificação: 23 Novembro, 2021 - 14h14
Escrito por: Sintrafi Florianópolis \ TNSul
Na manhã desta terça-feira, (23/11), bancários de todo o país protestaram contra o fechamentos indevidos de diversas agências, demissões e cobrança de metas abusivas dos funcionários do Bradesco. Em Santa Catarina, bancários de Florianópolis e Araranguá organizaram mobilizações.
O Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região – Sintrafi, realizou um ato em frente à agência do Bradesco do centro. Conforme declarou o Presidente do Sintrafi, Cleberson Eichholz, agora é preciso a união de toda a categoria. “O que está acontecendo nas agências do Bradesco não pode continuar, por isso a mobilização da categoria é essencial nesse momento. Precisamos da força de todos e todas para que esses absurdos não se repitam em outras agências. A luta do Sintrafi é e sempre será em defesa dos bancários e bancárias, que dedicam parte de sua vida ao nosso trabalho, fundamental para todos os brasileiros e brasileiras”, destaca.
O diretor do Sintrafi, Carlos Wilson de Souza (Gijo), e funcionário do Bradesco, repudia o fechamento da principal agência do Bradesco em Florianópolis e em todo o país. “Hoje é um dia nacional de luta no Bradesco. O Brasil todo está paralisando as agências contra as quatro mil demissões de janeiro até agora no país todo. Muitos bancários sendo demitidos, pais e mães de família, muitos ficaram e estão ficando adoecidos por cobrança de metas abusivas. Por isso, hoje, juntamente com o Sintrafi, fizemos este ato simbólico em frente à agência 348 do Bradesco. Sem mais demissões, sem mais cobranças abusivas. Seguimos unidos e em luta”, finaliza Gijo.
Bancários de Criciúma e Araranguá também organizaram um protesto durante esta manhã na agência do Bradesco do centro de Araranguá. Foram distribuídas espigas de milhos cozidas para quem circulou próximo a agência. O alimento é uma crítica aos cerca de R$ 20 bilhões de faturamento do Bradesco, a má qualidade no atendimento à população e falta de valorização aos funcionários e, além disso, agora a falta de segurança para bancários e usuários onde sobra somente milho.
“O banco, de um tempo pra cá, vem demitindo cada vez mais, enxugando o quadro e deixando os funcionários que sobraram a mercê de estresse, metas abusivas, e, com poucos funcionários, a população também é mal atendida” afirma o secretário do Sindicato dos Bancários de Araranguá, Paulo Afonso Floriano. “O banco deveria atender a população da melhor forma possível, inclusive, pelo lucro que ele dá anualmente”, alega.
De acordo com secretário, unidades de Sombrio e Santa Rosa do Sul tiveram profissionais de segurança e portas giratórias removidas, causando insegurança à população. “O banco vem causando um clima de insegurança nas agências. Em Sombrio e em Santa Rosa do Sul, era uma agência e virou um posto de atendimento. Tiraram porta giratória, vigilante”, conta Paulo que ainda pondera que “para quem está com o intuito de assaltar o banco, cria uma sensação de liberdade para acontecer alguma coisa na agência. O criminoso vai no local que mais estiver fácil pra ele”.
Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Criciúma e região, Magno Branco Pacheco, duas agências de Criciúma não têm mais portas giratórias e vigilantes. “Outra questão que a gente está numa luta é que o banco está tirando as portas giratórias, os vigilantes. Somos contrários”, conta. “O Bradesco está transformando agências normais em unidades de negócios. O atendimento é secundário. O atendimento precariza, porque está faltando funcionários e tendo muitas demissões. O banco cobra metas abusivas. O bancário está sempre com medo de perder o emprego”, conclui Magno.