MENU

Aumento do teto salarial do serviço público beneficia apenas dois mil servidores

Sintespe questiona postura arbitrária do governo do estado em levar um projeto de reajuste salarial para votação da Assembleia, sem conversar com os servidores

Publicado: 08 Dezembro, 2013 - 18h51

Escrito por: Sílvia Agostini - Assessora de Imprensa do Sintespe

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Santa Catarina – Sintespe declara que é necessário barrar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 6.4/013, que está em tramitação na Assembleia Legislativa e deve ser votada na próxima semana.

Enquanto o governador Raimundo Colombo nega desde janeiro cumprir a lei 15695/2011 que determina a DATA-BASE no serviço público e reajustar os salários de todos os servidores, ele reserva à categoria neste fim de ano um pacote de maldades  para tramitação urgente na Assembleia Legislativa. Em meio a esse pacote está a PEC6.4/2013, a qual revoga a lei 43/1992 - que limita em doze vezes a diferença do valor entre o piso e o teto salarial-, e prevê o aumento do valor do teto de 15 para 25 mil para no máximo dois mil servidores, sem sequer mexer no valor do piso de R$820,80. A proposta também prevê a vinculação do teto a 90,25% do subsídio (remuneração) de um ministro do Supremo Tribunal Federal, tirando do controle do Estado o seu valor, que fica à mercê da vontade dos ministros do STF.

Sem qualquer discussão dos projetos com os maiores interessados que são os servidores públicos estaduais, nem mesmo com as entidades que representam a categoria, o Governo vai privilegiar somente uma minoria. Dos 43 milhões do orçamento previstos para sustentar o pacote em 2014, reservou a metade do previsto para aumentar o teto de apenas dois mil servidores e vai aumentar o salário de cerca de 30 cargos de diretoria passando de R$ 6 mil para 14 mil - conforme Proposta de Lei Complementar 43.7/2013 - enquanto para o restante dos servidores ele reserva a outra metade. Na verdade, o governador Raimundo Colombo não vai recuperar as perdas salariais de 36% para os servidores porque os auditores fiscais da Fazenda e cargos comissionados não teriam nenhum aumento.

A pergunta que fica é como o IPREV que hoje já se encontra deficitário arcará com o aumento das despesas dessas aposentadorias, já que muitos desses servidores que passarão a ter o teto não contribuíram com valores correspondentes até agora .

Por isso, o SINTESPE, conforme deliberação de Assembleia Geral dia 3/12, está lutando:

- Pela suspensão da tramitação na Alesc de todo o pacote de projetos do Executivo referente aos salários dos servidores;

- Isonomia das gratificações;

- Manutenção  da DATA-BASE e contra qualquer subsídio na lei 15695/2011;

- Aumento do piso salarial com  a mesma proporção do aumento do teto salarial vinculado ao subsídio (salário) do Governador e a

- Manutenção da lei que proíbe a transposição de cargos.