Atos em Santa Catarina marcam o Dia Nacional de Luta contra a anistia a golpistas

Santa Catarina foi às ruas neste domingo (14) para marcar o Dia Nacional de Luta com mobilizações em diferentes regiões do estado contra a tentativa de anistia aos responsáveis pelos ataques à democracia brasileira. Os atos integram a jornada nacional convocada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, das quais a CUT faz parte, com o mote “Sem anistia para golpistas!”.

O maior ato do estado aconteceu em Florianópolis, reunindo mais de 10 mil pessoas. A mobilização teve início na cabeceira da Ponte Hercílio Luz, símbolo histórico da capital catarinense, e seguiu em caminhada pela Avenida Beira-Mar Norte. Tradicionalmente associada a manifestações da elite e da direita, a Beira-Mar foi ressignificada durante o ato: moradores de prédios ao longo do trajeto manifestaram apoio, com gritos, aplausos e bandeiras nas janelas, demonstrando que a defesa da democracia também ecoa nesses espaços da cidade.

Além da capital, Joinville e Chapecó também registraram importantes mobilizações. Em Joinville, o ato aconteceu na Praça da Biblioteca, reunindo trabalhadores, estudantes e movimentos sociais em defesa da democracia e contra qualquer tentativa de perdão aos golpistas.

Pedro Mendes

Já em Chapecó, a manifestação ocorreu na Praça Coronel Bertaso, com a presença da Secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT-SC, Zigue Timm, representando a Central.

Os atos deste domingo são uma resposta direta à aprovação do chamado PL da Dosimetria, que movimentos sociais, centrais sindicais e juristas apontam como uma tentativa de anistiar Jair Bolsonaro e outros envolvidos na tentativa de golpe e nos ataques de 8 de Janeiro, configurando um grave ataque ao Estado Democrático de Direito.

Para a presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, a mobilização nas ruas é fundamental neste momento “Santa Catarina mostrou que não aceita retrocessos. Não é possível que o Congresso priorize anistiar golpistas enquanto ignora pautas urgentes da classe trabalhadora e do povo brasileiro. Estar nas ruas hoje é defender a democracia, a justiça e a memória, para que crimes contra o país não se repitam”, afirmou.

A CUT-SC reforça que a luta em defesa da democracia é permanente e seguirá mobilizada, ao lado dos movimentos sociais e populares, para impedir qualquer tentativa de anistia aos que atentaram contra o voto popular e as instituições democráticas.