Atos em Blumenau e Joinville protestam contra caos no INSS nesta sexta-feira (14)
Cidades catarinenses se unem aos protestos que acontecerão em todo o país contra o desmonte do INSS e em defesa de servidores e do serviço público prestado pelo Instituto
Publicado: 13 Fevereiro, 2020 - 10h50 | Última modificação: 13 Fevereiro, 2020 - 10h55
Escrito por: CUT-SC, com informações da CUT Brasil

Em vários estados brasileiros, a CUT, centrais sindicais e movimentos sociais estão organizando ações de protesto contra o sucateamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que serão realizadas em todo o país, nesta sexta-feira (14). Em Santa Catarina, os sindicatos CUTistas, junto com entidades de outras centrais, estão organizando atos em Blumenau e Joinville.
Com panfletagens e diálogos - dentro e fora das agências – com a população e os servidores, as manifestações denunciarão o desmonte do instituto que tem gerado filas tanto nas agências quanto pela internet e tem prejudicado milhões de brasileiros que estão à espera da análise de pedidos de concessão de benefícios.
Em Blumenau, o ato acontecerá a partir das 12h, em frente ao INSS (rua XV de Novembro), e além de denunciar o caos e a militarização do INSS, a mobilização também lutará em defesa do serviço público e por mais concursos. No norte do Estado, o ato está marcada para às 9h, em frente ao INSS de Joinville (rua Rio Branco, 241) para protestar a situação do INSS e apoiar a greve dos petroleiros, que desde o dia 1º de fevereiro lutam contra as mil demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR).
BOLSONARO E O CAOS NO INSS
Pedidos de aposentadoria, de auxílio-doença, e outros benefícios ficaram ainda mais difíceis para cerca de dois milhões de brasileiros, que aguardam na fila. A liberação do salário-maternidade está atrasada para mais de 108 mil mulheres. Por lei, o prazo máximo para a concessão é de 45 dias.
O caos no INSS é resultado da política contrária à existência de serviço público e pró-privatização do governo de Jair Bolsonaro, que congelou investimentos e cancelou os concursos públicos, o que resultou no fechamento de agências, na falta servidores – nem os que morrem ou se aposentam são substituídos -, e na precarização das condições de trabalho por falta inclusive de equipamentos que funcionem.
Com esse desmonte, as agências do INSS ficaram sobrecarregadas, sem condições de atender à alta demanda de pedidos, ocorridas especialmente por causa da reforma da Previdência que entrou em vigor em novembro do ano passado.
Sindicalistas e a população vão exigir que o governo resolva o casos no INSS. Sérgio Nobre, presidente da CUT Nacional, alerta que “a situação poderá se repetir em outros setores dos serviços públicos como saúde e educação, que já sofreram com cortes em recursos no primeiro ano da gestão do Bolsonaro”.