Ato virtual da CUT-SC marca Grito dos Excluídos em defesa da vida
Com uma transmissão ao vivo na página do Facebook, a central trouxe lideranças para falarem quais os gritos dos trabalhadores e da população vulnerável neste momento.
Publicado: 08 Setembro, 2020 - 12h33 | Última modificação: 08 Setembro, 2020 - 12h50
Escrito por: Pricila Baade/CUT-SC
Todo ano no dia 7 de setembro entidades dos movimentos populares, sociais e sindicais realizam atos de rua para marcar o Grito dos Excluídos. Com a pandemia, as mobilizações de massa não puderem acontecer, mas isso não impediu a CUT-SC de fazer desta segunda-feira (7) um dia de luta. Com uma transmissão ao vivo na página do Facebook, a central trouxe lideranças para falarem quais os gritos dos trabalhadores e da população vulnerável neste momento. Esta foi a 26º edição do Grito dos Excluídos, que este ano trouxe o tema “Vida em primeiro lugar” e como lema “Basta de Miséria, Preconceito e Repressão! Queremos Terra, Trabalho, Teto e Participação.
A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, lembrou que não existe independência em um país que o governo se submete aos interesses dos norte-americanos “Neste momento precisamos dar um grito de liberdade e em defesa da vida. É um grito em defesa do SUS e contra os R$ 35 milhões que o governo cortou de investimento na saúde para o próximo ano no orçamento”.
Anna Julia falou que o grito da CUT também é por emprego e renda, que estão sendo atacados desde o golpe de 2016, e lembrou que desde o início da pandemia o movimento sindical lutou por um auxílio emergencial decente para os trabalhadores sobreviverem a este momento de crise, porque a proposta do governo era de apenas R$ 200 “O povo precisa saber que o valor de R$ 600 é fruto da luta da CUT, junto com as outras centrais, os movimentos populares e os deputados de esquerda. O governo tentou colocou todos os tipos de empecilhos para impedir que a população recebesse e agora vai cortar pela metade o valor do auxílio”.
A live também contou com participação de Dom Guilherme Antônio Werlang, da diocese de Lages, que falou em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Guilherme relembrou a história de construção do Grito e falou sobre o tema deste ano “O direito à terra, teto e trabalho é um conjunto, não dá para separar as coisas. Nesse 26º Grito dos Excluídos pra colocar a vida em primeiro lugar precisamos lutar por um país justo, mas não com uma justiça com esses tribunais que temos aqui – que são patrocinados pelo grande capital – mas uma justiça que comece pelos pobres”.
Os coordenadores de ramos que fazem parte da CUT-SC gravaram vídeos para a live falando quais os gritos em nome dos trabalhadores que representam, apresentando as principais demandas e pautas das diversas categorias.
A transmissão foi apresentada pela Secretária de Formação da CUT-SC, Adriana Maria, e pelo Secretário de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais, Bruno Ziliotto, e contou com três apresentações culturais: duas musicais feitas pelo Marcão Pinar, membro da UFECO, e por Jandir Selzler, coordenador da FETRAF-SC, e ainda com uma interpretação de poesia feita pelo diretor, ator e dramaturgo Antônio Cunha.
A live está disponível no facebook da CUT-SC e já alcançou mais de 2.200 visualizações. O ato virtual pode ser revisto neste link: https://www.facebook.com/sccut/videos/2733868566929916