Escrito por: CUT-SC

As dificuldades da inserção da Comunidade LGBTI no mercado de trabalho

No dia em que se comemora o Orgulho LGBTI, lembramos-nos das dificuldades que as pessoas enfrentam por causa da sua opção sexual

Pricila Baade

Nesta quinta-feira, 28 de junho, comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTI. O sonho que temos é de um mundo onde os mais de 18 milhões de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros que vivem no Brasil possam se orgulhar do que são e serem aceitos por toda a sociedade. Porém, a realidade é muito diferente.

Mesmo que o Brasil seja considerado um dos países com uma das legislações mais rigorosas contra a homofobia e preconceitos de gênero, o que os dados mostram é alarmante. No mundo de trabalho a situação para a comunidade LGBT é ainda pior. Uma pesquisa feita pelo grupo Santo Caos mostrou que:

Se enfrentar o mercado de trabalho já é difícil para os heterossexuais, para a comunidade LGBTI o desafio é triplamente maior. Não é a toa que 61% dos funcionários LGBT no Brasil optam por esconderem sua sexualidade por medo de perderem o emprego. O mais revoltante é saber que 33% das empresas brasileiras assumem que não contratariam pessoas LGBT para cargos de chefia!

Os sindicatos tem um papel fundamental na inserção e aceitação dessas pessoas no mercado no trabalho. Cabe ao movimento sindical fazer campanhas de conscientização e conversar nos locais de trabalho sobre a importância de tratar todos igualmente, independente da opção sexual. E mais do que isso, cabe aos sindicatos denunciarem os atos de preconceito vindos da empresa e de outros funcionários para punir os responsáveis.

Se cada um fizer a sua parte, denunciando os atos de preconceito e conscientizando os outros sobre a importância de respeitar a opção sexual de todos, quem sabe um dia alcancemos um país ideal: com igualdade, respeito e todos podendo fazer suas escolhas sem sofrerem com isso.