As dificuldades da inserção da Comunidade LGBTI no mercado de trabalho
No dia em que se comemora o Orgulho LGBTI, lembramos-nos das dificuldades que as pessoas enfrentam por causa da sua opção sexual
Publicado: 29 Junho, 2018 - 08h46 | Última modificação: 29 Junho, 2018 - 08h52
Escrito por: CUT-SC
Nesta quinta-feira, 28 de junho, comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTI. O sonho que temos é de um mundo onde os mais de 18 milhões de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros que vivem no Brasil possam se orgulhar do que são e serem aceitos por toda a sociedade. Porém, a realidade é muito diferente.
Mesmo que o Brasil seja considerado um dos países com uma das legislações mais rigorosas contra a homofobia e preconceitos de gênero, o que os dados mostram é alarmante. No mundo de trabalho a situação para a comunidade LGBT é ainda pior. Uma pesquisa feita pelo grupo Santo Caos mostrou que:
- 41% afirmam terem sofrido discriminação por sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho;
- 33% das empresas brasileiras não contratariam pessoas LGBT para cargos de chefia;
- 61% dos funcionários LGBT no Brasil optam por esconder a sexualidade de colegas e gestores;
- 90% de travestis estão se prostituindo por não terem conseguido emprego (mesmo com bons currículos).
Se enfrentar o mercado de trabalho já é difícil para os heterossexuais, para a comunidade LGBTI o desafio é triplamente maior. Não é a toa que 61% dos funcionários LGBT no Brasil optam por esconderem sua sexualidade por medo de perderem o emprego. O mais revoltante é saber que 33% das empresas brasileiras assumem que não contratariam pessoas LGBT para cargos de chefia!
Os sindicatos tem um papel fundamental na inserção e aceitação dessas pessoas no mercado no trabalho. Cabe ao movimento sindical fazer campanhas de conscientização e conversar nos locais de trabalho sobre a importância de tratar todos igualmente, independente da opção sexual. E mais do que isso, cabe aos sindicatos denunciarem os atos de preconceito vindos da empresa e de outros funcionários para punir os responsáveis.
Se cada um fizer a sua parte, denunciando os atos de preconceito e conscientizando os outros sobre a importância de respeitar a opção sexual de todos, quem sabe um dia alcancemos um país ideal: com igualdade, respeito e todos podendo fazer suas escolhas sem sofrerem com isso.