Escrito por: CUT-SC

11 deputados federais de SC que votaram contra a taxação das grandes fortunas

A medida, apresentada pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) como um destaque na reforma tributária, foi rejeitada por 262 votos a 236

A CUT-SC repudia a postura da maioria dos deputados federais catarinenses que votaram contra a taxação das grandes fortunas. A medida, apresentada pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) como um destaque na reforma tributária, foi rejeitada por 262 votos a 236. Entre os 16 deputados federais de Santa Catarina, 11 votaram contra, três a favor e dois não compareceram à votação.

O projeto previa uma taxação progressiva sobre fortunas superiores a R$ 10 milhões, incluindo bens e direitos tanto no Brasil quanto no exterior. A proposta estipulava alíquotas de 0,5% para fortunas entre R$ 10 milhões e R$ 40 milhões, 1% para valores entre R$ 40 milhões e R$ 80 milhões, e 1,5% para fortunas acima de R$ 80 milhões. Essa era uma tentativa de promover uma maior justiça fiscal em um dos países mais desiguais do mundo, onde o peso dos impostos recai desproporcionalmente sobre a classe trabalhadora e a população de baixa renda.

A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, criticou duramente a escolha dos deputados catarinenses que votaram contra o destaque, reforçando o compromisso da Central com a luta por justiça social e igualdade. "Essa votação deixou claro quem está ao lado do povo e quem está ao lado dos privilégios. A proposta de taxação das grandes fortunas é uma medida urgente e necessária para o combate à desigualdade no Brasil, principalmente em um momento em que milhões de brasileiros enfrentam dificuldades para pagar contas e comprar alimentos básicos", afirmou Anna Julia.

Para a presidenta da CUT-SC, a decisão dos parlamentares catarinenses representa um distanciamento das necessidades reais da população e um compromisso com a proteção dos mais ricos. "Esses deputados escolheram manter intactos os privilégios de uma pequena elite em vez de investir em políticas públicas que beneficiariam a maioria da população. É inadmissível que enquanto a classe trabalhadora luta para sobreviver, alguns poucos permaneçam intocáveis. Não podemos aceitar que interesses de poucos prevaleçam sobre o bem-estar de milhões de brasileiros", concluiu.

A CUT-SC reafirma que seguirá acompanhando as decisões dos representantes catarinenses e cobrando comprometimento com a justiça social. A luta por um Brasil mais justo e igualitário passa pela redistribuição de riquezas e pelo fim dos privilégios de uma minoria em detrimento da maioria trabalhadora.

Veja como votou cada deputado:

Votos a favor da taxação

Contra a taxação

Ausentes